2.3.06

(Sem título)
Minha relação com Argentina sempre foi mínima. Cruzei uma vez a fronteira quando pequena com minha família. Tudo que lembro é que me empanturrei de queijo prato. E minha melhor amiga nasceu e viveu por alguns pares de anos por lá antes de se mudar para Curitiba. Sem contar, claro, a invasão argentina no litoral catarinense. Não aluga-se casas mais em Canasvieiras. Alquilase. Mas até que isso não me incomoda tanto quanto a rivalidade no futebol. Continuo com a idéia de que futebol, religião e política não se discute. Enfim...
Em menos de12 horas, há dois dias atrás, conheci dois cidadãos argentinos. O primeiro, baixinho, com cara de mau-humorado, que não sabia se me enrolava em inglês ou castellano. Depois que ele ficou sabendo que eu sou latina também, soltou o verbo em castellano mesmo. Gente fina. Tatuador, que já viajou para São Paulo e Curitiba por culpa da profissão. Fez questão de que eu falasse em português com ele, e me deu um belo desconto no preço final. Nunca havia tatuado cerejas. Ficou impressionado com o resultado, e até pra galeria elas entraram. Me prometeu uma cópia das fotos.
Ou outro foi diferente. Estávamos eu, a dinamarquesa e a americana andando por uma rua não tão movimentada aqui da cidade. Procurávamos por uma loja pra revelar fotos quando um cara nos pára e pergunta em inglês qual das três era a brasileira. 'I am', respondi, com aquele puta ponto de interrogação na testa. Aí ele começou com um português muito perfeito pro meu gosto, dizendo que havia morado por um tempo em São Paulo, mas que era argentino. E assim o assunto fluiu. Formado em artes na Bélgica, conhece dois terços do Brasil, já passou por todos os países sulamericanos, sem exceções, já morou em Los Angeles, Itália, e agora, quarto ano na Espanha. Primeiro Málaga, agora Zamora. Isso que não entrei mais em detalhes. Provavelmente conheça mais. Vive com os pais e o irmão mais novo. Aliás, a família inteira conhece todos os lugares citados acima. O irmão, por exemplo, nasceu na Guiana Francesa. Digamos que são um grupo de nômades contemporâneos. E como renda vendem tudo quanto é tipo de badulaques possíveis e impossíveis numa loja bem localizada, onde encontrei uma girafa da minha altura. Amor à primeira vista. Pois voltando ao argentino mor, seu nome é italiano. Simpático, educado, e além de tudo, atraente. Não, não é mais alto que eu. Aliás, alguns centímetros a menos. Não afeta. Vegetariano. Pratica artes marciais. E pediu meu telefone.
E... hum... nhé!
Perdi o fio da meada. Não sei exatamente onde ia chegar com tudo isso...
Ah!
Blá!

1 Comments:

Blogger Célia Spegel said...

Talvez pra mostrar que o mundo é um pouquinho maior do que a gente às vezes imagina...hehehe.
Incluindo as 'gentes' que moram nele ;)

20:15  

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