7.10.06

Vivo em Pádua (Padova em italiano), uns quarenta quilômetros de Marghera, onde oficialmente se encontra o clube onde jogo. Marghera é bem dizer o "continente" de Veneza, a primeira cidade logo em seguida da ponte. Por conseqüência, é onde se localiza o porto. Já temos uma idéia de como uma cidade de porto é, não? Ou preciso explicar? Pra Veneza é só cruzar uma ponte de uns três quilômetros de carro, de trem, ou ônibus, e depois dali partir de barca pra tudo quanto é lado. Me disseram que o estacionamento é muito caro e que não vale a pena ir de carro pra lá. (Dica do dia.) E então há Mestre, do lado de Marghera, que sim, é outra cidade pequenina, mas pelo menos é mais decente que Marghera. Cheguei a morar lá por algumas semanas. Tinha um parque a menos de cem metros do apartamento que eu adorava. Tinha tudo que você possa imaginar, desde quadras de basquete, tênis, etc., a piscina, lago, muro de escalada, um parquinho fenomenal, árvores, jardins, bancos e gente, muita gente.Mas daí acharam melhor me colocar numa cidade maior, Pádua. Aqui é cidade universitária, famosa pela praça principal, que dizem ser a segunda maior do mundo, perdendo pra uma em Moscow. Se é verdade não sei. Três pessoas me disseram o mesmo. Achei coicidência demais e acreditei. Quando tiver adsl eu tiro a prova. Também me falam dos frescos da catedral de Sant'Antonio. Verificar-los-ei-ei-ei (ou seria verificar-os-ei-ei-ei?) assim que puder. E lhes conto. Tenho que descobrir os museus e galerias locais, mas minha querida comparsa Francesca é uma ignorante que não tem idéia do que cultura significa.E pra quem sempre contou com internet pra descobrir locais, agendas e coisas diversas, uma dial up realmente não ajuda em nada.Pelo menos poderia achar alguns endereços e imprimir alguns mapas, e sair por aí. Não, não. Por enquanto não. A MTV italiana vez em quando fornece algumas datas de shows. Ajuda um pouco. Ben Harper toca fim de semana que vem em Bologna, uma hora daqui. Adivinha? Jogo fora de casa. Jet toca fim do mês, e seria uma boa ir. Mas não faz o gosto da Francesca. Eu teria que arrastá-la comigo, que daí ninguém me chama de louca por ir sozinha a um concerto. E Muse, em dezembro, entre outros trocentos mais. Mas esses seriam o top 3 da minha lista. Por enquanto meu entretenimento pessoal se resume em gramática italiana e um caderninho para resolver alguns exercícios, um livro italiano da Francesca, que de umas quinze palavras, provavelmente cinco a seis eu procuro no dicionário pra poder seguir e entender o que o autor quer dizer. Desenho quando penso em algo. Mas a inspiração não anda por perto ultimamente. Tiro fotos, muitas. Faço algumas colagens, porque sempre tem algo interessante visualmente por aqui. E tenho uma televisãozinho no meu quarto que pega os canais abertos, MTV e All Music. Daqui alguns dias chega minha Sky, cabo, e daí sim, filmes novamente na língua original. Sabe, a TV italiana não é má. A programação é bem mais interessante que a Globo ou o SBT, e volta e meia tem um filme novo estreando. Problema que tudo é em italiano. Tudo dublado. Esses dias passava Friends. Pra quem conhece a voz original da Phoebe, e as merdas que ela fala, ter que ver a versão italiana é triste. Eu tentei explicar o meu ponto de vista pra Francesca, pra Chicca e pra Leo (estas duas do meu time, vizinhas de apartamento) o porquê que não assisto filme com elas. As últimas duas entenderam, a anta que mora comigo não. Ela acha que é porque eu não entendo italiano. Claro. Incrivelmente eu acabo falando da minha querida companheira de apartamento. A verdadeira intenção desse comprido post era dar uma idéia de onde moro, mas virou uma salada mista. Ah, outra hora eu continuo.

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