30.11.06

Curtas
O torcicolo voltou. Já não penso que é um simples desconforto de uma noite mal dormida. Deve ter alguma ligação com impacto. O som proveniente do meu pescoço não é dos mais orquestrados. Quiçá um parafuso frouxo na cervical. Ou emaranhado muscular. Na realidade, preciso é de um autoshop pra dar uma renovada nas peças. O motor ainda vai bem. Arranca ao menos.
Conheci um tatuador renomado italiano. Seu estúdio é situado em Rovigo, cidade minúscula, há uns 50 quilômetros de Padova. À porta nada de neons, ou placas insinuantes. Somente vidro. Discreto. Num primeiro plano, uma saleta, com bancadas dos dois lados e uma recepção ao fundo. Madeira escura, maciça. Banquetas altas, da mesma madeira, quadradas. Minimalista e de bom gosto. Em cima das bancadas, 'menus'. Portfolios e mais portfolios de esboços e fotos. As paredes amarelas. Quadros com desenhos aquarelados perfeitamente executados. Coloridos, e em preto e branco. De um outro ambiente saiu um quarentão em perfeita forma física. Era ele. Um pouco imponente, admito. Pediu pra que eu fosse pra outra sala com ele. Ali sim era o estúdio em si, onde as tatuagens são executadas. Tinham duas garotas, uma deitada de barriga pra baixo, e outra tatuando belas asas nas suas costas. Clichê, concordo, mas eram lindas. Bem rabiscadas. Cumprimentos à parte, enfim, a análise do meu pequenino desenho a ser coberto. Sem problemas. Ainda discutimos algumas idéias, o que era clichê, o que seria original, o tradicional reconceituado, o 'less is more'. Horário marcado. E ao lado, uma nota para que se possível, em caso de desistência, um encaixe antes do Natal. Duvido.
Da minha lista do que se comer enquanto na Itália, me restava apenas a polenta mole. Quero dizer que comi polenta, mas era aquela em cubinhos, mais consistente. Não se frita a polenta aqui. Ou melhor, não é comum a polenta frita. Enfim, a polenta mole necessita de um molho. Minha avó faz sempre com galinha e caldo vermelho. Pois eu provei com peixe e camarão envoltos numa especiaria agridoce. Interessante, não? Comi muito bem, numa mesa onde assunto não faltava, meu italiano era para todos entendível, cachorro só faltava falar, e avó, como sempre, faz uso do coração, e não da razão.
Está aberta a nova temporada artística da pessoa que vos escreve. Depois da caixinha de lápis de cor a mim presenteada, tive que fazer uso dos cujos. Denominei a nova série "Sweeties". O primeiro desenho já foi finalizado, enquadrado e pendurado na parede da vizinha/amiga/companheira de time. Elogios, vários elogios. E promessas de encomendas. Daí sim vejo que terei que abrir mão dos meus lápis de cor e quem sabe apelar às amigas aquarelas...
Oficialmente posso postar mais fotos no Flickr. Daqui a um pouquinho. Já vou.
Wireless. Essa palavra é quente.
Depois de anos com um celular repassado, usado, formatado, derrubado, morto, ressucitado, resolvi investir num novo. Já era motivo de várias piadas. O mísero foi realmente um guerreiro. Sobreviveu primeiro às mãos do Ralph. Depois às minhas. Levou como pingente cerejas de todos os formatos e tamanhos. Passou pelo Brasil, Espanha e Itália. Aqui jaz um Sony Ericsson. Bem-vindo ao novo black-power-keep-walking.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Oi neguinhaaa!
Adorei as notícias novas!
Arriscarás fazer mais uma tattoo ou só corrigir a nova?
Tô com saudades, cheia de entusiasmo pra contar as novas e os preparativos pra super trip mochilão 2007.
Beijocassssssssss

21:33  

Post a Comment

<< Home