1.8.06

I’m doing it for music,
I’m doing it for love,
I’m doing it for everyone around me,

I’m doing it for music,
I’m doing it for love,
I’m doing it for everyone around me,

I’m doing it for music,
I’m doing it for love,
I’m doing it for everyone around me,

I’m doing it for music,
I’m doing it for love,
I’m doing it for everyone around me,
(...)
Relato dos meus poucos eles do momento.

O ele do passado mais remoto.
Está bem. Provavelmente com outra ela. Ele sempre com várias elas. Não, não o amo. Não, não o quero mais. Só acho que tenha um péssimo gosto, este não sendo nem para música, nem para filmes. Nestes dois ele entende. Amigo. Apenas e somente amigo. Saudade do companheirismo.

O ele hermitão.
O encontrei dias atrás. Sempre fico feliz em revê-lo. Nem sempre nos beijamos. Não que eu não queira. Não creio que seja por ele não querer também. Mas às vezes as circunstâncias não são propícias. Entendo. Hoje ele foi um tanto quanto insensível. Pagarás. Te gosto mesmo assim, estúpido.

O ele de logo ali.
A pouca distância nos separa. Ficamos apenas uma vez. Há pouco tempo, terminou o namoro. Tem seu lado malicioso, e sabe contrabalanceá-lo com sua gentileza. Por fora um homem crescido, por dentro um moleque querido. Um abraço sem igual. Um sorriso lindo. Urso, puro urso. Talvez o reencontre. Não vejo ânimo por parte dele. Pena.

O ele das quartas-feiras.
Me quer. Já disse. E repete. Nunca me teve. E não sei se terá. Se me atrai? Atrai sim.

O ele de uma quarta-feira.
Meu número, como alguns diriam. Mesma altura, mesmo peso. Alguns anos a menos. Direito. Educado. Sem maiores expectativas, porém. Daria um ótimo namorado. Tem um cachorro.

O ele dos olhos grandes.
Ele é um estranho. Fala um português correto. Sua esquisitice me atrai. Também gosta de música. Discotoca, como ele mesmo define. Fora as várias outras similaridades. Todavia menor que eu. Nada que impeça. Não me casarei com ele.

O ele brasileiro que reside no estrangeiro.
Um ele visto apenas uma vez, numa Starbucks de Berlim. O único cibernético ao qual me preocupo. Penso nele, assumo. Me intriga, e me diverte. Mas não passou disso. O convidei para meu aniversário. Aceito um sim, sem problema nenhum.

* Os outros eles coadjuvantes não merecem uma praça maior neste recinto. Não há reciprocidade, não há importância.
E porque não me contento com apenas um (1) ele? Porque nenhum deles se contenta com uma (1) Astrid.