23.5.07

Astrid versão 2007.
Firenze, 21 maggio.

8.5.07

- "Protozoário causador da diarréia." A-ME-...
- BA!


Palavra-cruzada Coquetel, meu pai, e minha mãe.
Ponte San Nicolò, 7 de maio de 2007.

3.5.07

Neurose alérgica
Primavera para alérgicos é fatal. Pólen, bichinhos, florzinhas e nhé nhé nhés que entram por todos os buracos possíveis e, digamos, quase impossíveis. Pois meus pais são alérgicos. Sofrem com isso, e desde que chegaram aqui estão a base de droga.
Minha mãe fecha as janelas e observa pelo lado de dentro. "Olha, olha ali. Maldito! Mais um voando! Ali, outro! Ah! Outrooooo! Aaaaaaah! Eu tenho que descobrir onde tá essa árvore! Quero saber daonde vem exatamente esses pragas! Ali, viu? Só foi eu olhar pro lado que aparece outro!" E começa a contar floquinhos brancos. Ela contra a conspiração de penugens, exército de pólen, uma S. A. microbiótica.
Meu pai fica sentado no sofá, com um macinho de lenço de papel, tentando manter a tranquilidade. Quando diz 'não dá', é porque tá feia a coisa.
Espirros, alguns seguidos, outros intervalados, coçadas de nariz, de olho, lágrimas, inchaço, nariz entupido. 'Limpeza geral!' Lá vai minha mãe. Janelas fechadas, vassoura por terra, pó tirado, e um pano úmido. Um ritual de exterminação ao menos uma vez ao dia. Ajuda, mas não soluciona.
Aí meu pai pensa que, através de uma boa corrida, o corpo reaja um pouco contra os sintomas. Retorna com um certo alívio, mas depois de uma meia hora, o estado crítico retorna.
Pensaram os dois em mudar de medicamento. Pelo jeito dá na mesma. Um dá mais ou menos barato que o outro.
'Snorkel!', minha mãe solta, no meio da rua, indo ao mercado. 'Claro! A máscara tampa o nariz, e na boca vai o cano. Na saída do cano, a gente põe alguma coisa pra filtrar o ar!'
Preciso saber onde tão esses 'antialérgicos'...