26.2.07

WANTED

Tall-handsome-fun-one-of-a-kind-boy to make me laugh.
Reward: hundreds of thousands of kisses.
À medida que os dias passam, estou cada vez mais convinta que o meu feijão preto com arroz e farofa é muito melhor que muitos por aí. E deixo dito.

15.2.07

Micio
Por mais de 20 anos eu escuto a minha avó, dona Itália, mais conhecida como Vó Ita, chamar os gatos dela de 'mitchios', singular; 'mitchi', plural. São gatos antisociais. Odeiam gente. Interesseiros, porque só chegam perto da vó quando ela tem um pratão de gororoba e água em mãos. E não adianta qualquer outra pessoa chegar com comida e soltar o 'mitchimitchimitchi' que não funciona. Independentemente de cor, tamanho, pêlo, cheiro, etc, todos são 'mitchios'. Raça não foi incluído no contexto porque os gatos são todos de rua. Nenhum exatamente de pedigree. Existem indícios de siamês em alguns provenientes de uma gata que apareceu na nossa churrasqueira, e foi levada pra casa da vó. Foi uma tentativa de aumentar o nível dos espécimes já lá existentes. Dá pra ver ainda que a genética da bichinha agiu bem. Os últimos sobreviventes ou são pretos, ou são acinzentados, com patas, rabos e orelhas escuras, além dos olhos azuis. E todos... 'mitchios'! Teve uma, da classífica 'pretos', que se chamava Corujinha. Foi apelidada assim porque tem uns olhões esbugalhados, e 'penugem' mais do que atípica. Que eu me lembre, só essa tinha um nome particular.
Enfim, ontem, lendo uma historinha infantil em italiano, de bichinhos e blá blá, tinha um personagem, o tal Micio. Micio pra lá, Micio pra cá. Pensei que era o nome do bichinho. Tava em maiúscula! Depois começaram a ser incorporados o Pesce, o Cane, o Cavallo... Dicionário!
mi.cio sm gato (pl. mici)

Simples assim. Ainda procurando por explicação, perguntei à Lia. Disse que é o equivalente de kitten, kitty em inglês. Tive que me gabar pro Ralph, lógico, que tinha descoberto finalmente o porquê do mitchimitchimitchi. Ele veio com um papo de grego e blá blá, caí a princípio na lorota, depois ele assumiu que não sabe de nada. Ou seja, ponto para as meninas!

13.2.07

Semana Existencialismo Crônico
Essa está sendo minha semana 'nostalgia'. Não necessariamente algo de bom. Nem tão ruim. Algo estranho. Nostalgia estranha. Tanto que nem sei explicar exatamente se tenho saudades de coisas e lugares e pessoas e sentimentos ou não.
Quando tento explicar pra alguém, esse alguém diz que entende. Mas juro que não. Tenho amigas ou amigos que já viveram fora do país, já experimentaram um pouco da vida cigana, mas não. Não foi igual, te juro. E não, não foi de um mesmo ponto de vista. Não foi na mesma época. Não foi pela mesma quantidade de tempo. Não foi com as mesmas pessoas. Além disso, foi somente este ano, depois de tantos, que recebi minha primeira visita oficial. Digo, primeira pessoa que fez-está fazendo-faz-fará parte da minha vida brasileira. Foi esta pessoa a primeira a ver um jogo meu. Primeira pessoa a ver onde vivo, com quem vivo, o que faço, como falo, como vou, como sou fora de casa (casa: quartel general no caso, apartamento dos meus pais, Brasil). Ela sim pode dizer agora que entende um pedacinho dessa minha nostalgia estranha. Claro, quando conversarmos algum dia, num futuro mais distante, sobre o meu agora.
E porque nostalgia estranha? Porque eu ainda tenho minhas dúvidas. Ainda acho que tem coisas que eu não fiz. Ou se fiz, parece que sonhei. E tem dia que acordo no meio da noite, bato o olho ao meu redor, e pergunto-me onde estou. Faço uma vista grossa do ambiente, vejo que estou no meu quarto italiano, com Emílio, coberta de bolinhas, duas janelas, guarda-roupas com postais. É necessário entender antes de tudo, além de onde estou, quando estou. Viro pro lado, e volto a dormir. O mesmo acontecia em Nebraska, na California, nos tantos cantos da Alemanha, na Espanha, aqui, e sempre, mas sempre, no Brasil. E no Brasil é a parte mais difícil, porque a grande maioria dos meus sonhos são ligados ao Brasil. Ou seja, a probabilidade de eu pensar que estou realmente sonhando que estou no meu quarto brasileiro é maior ainda.
Gente que passou então. Eu vejo fotos. É estranho! Eu era próxima daquelas pessoas. Era íntima de algumas. E agora estão do outro lado de lá. Nem mantenho contato. São raros o que insistem ou eu insisto em querer saber se existo ou existem ainda.
As páginas do meu livro são viradas tão rapidamente que meses parecem anos, e anos parecem décadas. Aprender uma língua, por exemplo. Eu levei três meses pra desembrulhar o italiano. Juro que esses três meses foram infinitos. Depois dos elogios de estranhos, depois de um papo de uns dez minutos ao telefone, depois de pedir informação, depois de ir ao médico sozinha, depois de pequenas coisas do cotidiano é que cai a ficha e completo a ligação: eu falo italiano (ou perto disso).
É assim. O ritmo é forte. A compreensão tem que ser rápida. Como se o dedo estivesse lambido, prontro pra próxima página, sendo que a última mal foi virada.
Posso gritar agora?

7.2.07

6.2.07

TPM é triste. Mexe com teu 'inself'. Hormônios a flor da pele. Críticas tornam-se automáticas descarregadas no teu peito. Lágrimas depois de uma comédia é clássico. E mandar uma pessoa à merda é somente o começo. Esses meus mantras abaixo, o 'fuck off mode', podem até ser uma espécie de expressão sobre o assunto. O fato é que às vezes, mesmo sem a TPM rondando, a melhor coisa é gospir isso tudo de um jeito grosseiro (como o meu). Momento difícil? Não exatamente. Nem categorizo minha situação como estressante. Porém, uma questão que exige paciência. E dizem por aí que esta é uma virtude.
Se é, não sei. Preparo-me psicologicamente.


Por bem.
Fuck off mode [ON].
(For good.)
I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine. I'll be fine...
(In) Sincerely,
Inself.

4.2.07

Shitty day.
But there's always The Cure to (partially) save the night.

My newest mantra:
I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person. I am a good person...

Followed by:
I don't hate. I don't hate. I don't hate. I don't hate...

Seriously.

Someone give me some 'shrooms'.
I might need something like that.

And you, person...
Love me!

That's all for tonight.
Later.