14.2.08

E ali estava o vo Ze, sentado na sua cadeira. Eu queria conversar. Ele nao me sentia, nao me escutava. Tocava sua cabeca pelada. Tentava chamar sua atencao. E nada. Seu pescoco era mole. Com uma mao embaixo do queixo, provava levantar seu rosto, fazer com que fosse possivel um minimo contato. Nada. Se adormentava. Parecia que nao reagia, nao tinha forca. Eu chorava. Estava numa situacao em que eu nao conseguia mais me controlar. Meu nervosismo, minha ansia, causava uma dor de cabeca insuportavel. Nao me conformava de nao poder ajudar, me comunicar, ou pelo menos me despedir.

Nisso me acordo, com um peso no pescoco, com muita dor de cabeca, e o travesseiro molhado de choro. Refleti por dias, tentanto digerir este "sonho". E tudo que me vem em mente eh justamente isso, de nao ter me despedido do vo. De nao poder ter dito que amavo ele, e que a ala vip do meu coracao era tomada grande parte pela sua presenca. Aquele carisma, aquela serenidade me faz falta.

7.2.08

Senhoras e senhores,
Venho atraves deste comunicar-lhes que sim, estou viva. Por um periodo de cinco meses e alguns tantos dias estive ausente por problemas tecnicos. Acontece nas melhores familias. Pff!!! Digamos que as familias do sul da Italia. Mamma mia! Que atraso de vida! Sou uma que se adapta bem as condicoes de temperatura e pressao de um lugar. Mas ficar isolada assim por culpa de um aparelho de adsl que nao chega... basta! Agora estou provisoriamente conectada via dial up. Paciencia, muita paciencia. Estou auto-welcoming myself to the internet. Devo tambem confessar que meu portugues existe, mas tenho que pensar pra falar. Nao tenho falado, escrito e muito menos escutado a minha lingua materna. Hoje cumprimentando meu pai pelo seu aniversario, consegui arrancar algumas boas gargalhadas tanto dele como da minha mae. Faco uma mistura italo-brasileira de palavras. E quando nao acho a palavra correta, dou uma alternativa em ingles.
E, por isso, encerro por aqui. Porque conversar em uma janela em ingles, outra em italiano, e tentar escrever um texto em portugues eh complicado demais.
Arrivederci!

9.12.07

Continuo. Prossigo com a minha vida. Num outro mundo, aparentemente. Mundo sem internet. Sem português. Sem inglês. Só italiano. Confusão. Período de sombra. Variantes de temperatura e pressão. Homens. Karma atual: comprometidos.

E che cazzo fanno loro?

Continuo, antes que eu resolva revolucionar...

7.8.07

Ah, os meninos de 18-19 anos. Carteira de motorista na mão. A responsabilidade agora em jogo. Cobrança de pai. Segundo ano de faculdade. Já foi calouro, agora veterano. Auto-estima elevada. Desafios. Adoram desafios. Apostas. Estágio de meio período. Graninha, pouca, mas entrando. Churrascos. Festa. E começam a ser mais seletivos. Nem toda garota da mesma faixa etária vale a pena. O que fazem? Enfrentam as que sejam suficientemente interessantes e/ou experientes (sinônimo que encontrei para "mais velhas"). E não se deixam intimidar. Peitam. Não insistem. São educados. E pra não admitir um fora, vão ao bar pegar mais uma cerveja. Ou então pensam que alguns doze centímetros de altura não sejam um obstáculo numa relação. Perseverantes eles seguem por aí...

6.8.07

Pois...
Chega esta época do ano e me dá um baixo. Baixa astral, baixa auto-estima, baixa uma tristeza desgraçada. Tudo porque pela minha frente há um novo ano. Sim, porque meu ano começa nessa época. Happy New Year! Muda lugar, muda técnico, muda colegas, muda chefe, muda casa, muda clima... muda! E não é um sentimento de impotência. Pelo contrário. Aí me perguntam se estou animada. Estou! Além de tudo, estou! Mas preciso de mais alguns dias. Mais alguns dias... Minhocas e caraminholas. Claro. Cabeça pensante (twenty-four seven). "E se..." E se?! Se o quê? Se eu tivesse, se eu morasse, se eu ficasse, se eu fosse, se... Aaaaaaah! E isso pede casa. Pede estar comigo mesma. Pede um pouquinho de tempo (the famous time out). Pede um certo egoísmo. Aí me pego chorando. Assim, derramando água do meu olho, enquanto limpo a casa. Ha! Limpando a casa! Nem sequer com aquele filme meloso, mas limpando. E me sinto sozinha. Com tudo e todos a minha volta, eu estou sozinha. Ser é diferente. Não sou! Mas estou. Aperto no peito. Ele continua lindo e querido. Mas lá, do outro lado de lá. E blá blá blá...

24.7.07


Love me so.

23.7.07

Understand that friends come and go, but for a precious few you should hold on.

Got it?